Existe uma tendência humana em buscar aquilo que é bom e negar aquilo que é ruim. Mas, sabemos também que sofrimento é inerente ao ser humano e inevitável.

O sofrimento resulta do produto da dor e da resistência;
Sofrimento = Dor x Resistência
Portanto, pode ser potencializado quando o negamos ou tentamos evitá-lo.

Essa negação às nossas dores, emoções, sentimentos e sensações desagradáveis e a busca pelo alívio se dá da seguinte forma: você tem uma emoção ruim → por associação, o cérebro relaciona comida ao prazer → ato de comer para sentir-se bem → geração de sentimento de culpa e cobranças (e/ou questionamentos à respeito do ato de comer) → sente-se mal novamente → nova busca por prazer e alívio através do alimento.
Uma forma de quebrar esse ciclo vicioso é através da aceitação, um importante componente dentro do conceito de Mindfulness.
Costumamos acreditar que aceitação é resignação, mas a diferença consiste em que a resignação é uma atitude PASSIVA, que leva a não fazer nada em relação ao problema. Por exemplo: Acredito que ao “aceitar” que estou acima do peso, não farei nada à respeito para mudá-lo.
Já na aceitação, não ocorre um ato de passividade, como na resignação, mas sim uma atitude ASSERTIVA, onde o indivíduo está consciente do que está acontecendo, independente do que está acontecendo, enquanto está acontecendo, sem intenção de modificar. A aceitação nos faz conhecer onde estamos antes que se possa começar a trabalhar para chegar onde queremos.
Por exemplo: uma pessoa que não aceita o seu peso e estilo de vida. Se ela aceita sua realidade, ela começa a movimentar e fazer a mudança. Ela fica atenta no que está presente, o que resulta em escolhas intencionais e conscientes.

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