Sentimentos de vergonha, culpa, cobrança e raiva estão muito presentes em momentos em que falhamos ou não conseguimos seguir uma dieta ou estabelecer uma rotina de treino. Será que temos como aliviar esses sentimentos?

A maioria das pessoas procuram a meditação em busca de acabar com o turbilhão de pensamentos e sentimentos, ou até mesmo para conseguir lidar com os pensamentos de desejo por alimentos proibidos ou “que engordam”. Mas a verdade é que a meditação não faz isso, mas sim cultiva o espaço da mente e muda a maneira de nos relacionar com nossa cascata de emoções e pensamentos.

A tranquilidade e leveza que tanto buscamos pode estar na PENA, um acrônimo para como aliviar a confusão emocional e o sofrimento. Quando surge uma sensação negativa, paramos, lembramos os quatro passos dados pelas letras e começamos a prestar atenção de uma nova maneira. Os passos são:

P– Perceber

É impossível lidar com uma emoção a menos que reconheçamos que a estamos vivenciando. Então, o primeiro passo é simplesmente PERCEBER o que está chegando. Suponha que você esteja se percebendo dentro de um comportamento que gostaria de mudar como perceber que comeu a barra toda de chocolate só depois que ela acabou, ou comendo o que tem pela frente quando na verdade gostaria de tomar decisões mais assertivas. . Você não tenta afastar ou ignorar seu desconforto. Em vez disso, você olha mais de perto, se dando abertura e agindo através da curiosidade. Você pode dizer para si mesmo “isso parece raiva”. Apenas perceba e reconheça o que se passa.

E– Explorar

EXPLORE suas emoções com uma sensação de abertura e curiosidade, ao invés de sentir culpa, vergonha ou se cobrar demais, por exemplo. Quando somos apanhados em uma reação, é fácil se fixar no gatilho e dizer coisas ruins para nós mesmos, como: “Estou tão bravo por ter comido um chocolate, que também vou comer o que eu quiser e depois eu começo a fazer dieta! Não consigo ter foco nenhum, sou uma pessoa fraca!”.Ao invés disso, podemos explorar como o sentimento se manifesta em nossos corpos e observar o que o sentimento contém. As emoções podem ser muito fortes e trazer consigo outros sentimentos. A raiva, por exemplo, comumente inclui momentos de tristeza, desamparo e medo. À medida que nos aproximamos, uma emoção desconfortável e perde sua força. e ao invés de ser dura como aço, fica transparente e disponível para ser enxergada e explorada.

N – Não se identificar

Evitamos ser definidos ou IDENTIFICADOS por um determinado sentimento, mesmo quando nos envolvemos com ele. Por exemplo, sentir-se fracassado por ter furado a dieta não faz de você “uma pessoa fracassada, que fracassa em tudo que faz”. Não personalize aquilo que está sentindo. Permita ver sua falha – ou o que quer que esteja lá – em vez de cair no julgamento. Substitua diálogos internos de “Sou um fracassado ” por uma observação gentil, algo como: “Eu fracassei, e tudo bem” ”, entendendo que todas as pessoas, assim como eu, passam por isso e são dignas de compaixão. Isso abre a porta para um relacionamento compassivo com você mesmo, e talvez leve você você a entender os fatores que talvez tenham te condicionado a aquele comportamento que estão MUITO ALÉM DO #foco #força e #fé

A – Aceitar

ACEITE o sentimento, o pensamento, a emoção e permita que ele esteja lá. Se dê permissão para sentir isso, estar com ele irá abrir portas para uma nova reação que não aquela velha e programada atitude de querer que tudo seja diferente fazendo as mesmas coisas (se culpando, se cobrando, se punindo, compensando ou qualquer outra atitude que se resume em dureza e punição ao invés de gentileza e autocuidado) Imagine cada pensamento e emoção como um visitante batendo na porta de sua casa. Os pensamentos não moram lá; você pode cumprimentá-los, reconhecê-los e vê-los partir. Você pode ver seus pensamentos e emoções surgirem e criar espaço para eles mesmo se eles sejam desconfortáveis. Você não se apega à sua raiva e se fixa nela, nem a considera um inimigo a ser suprimido. Pode simplesmente sentir.

Nunca seremos capazes de controlar nossas experiências, mas podemos transformar nosso relacionamento com elas. Isso muda tudo, inclusive o seu comportamento

error: Content is protected !!