Em diversos esportes, o peso e composição corporal são variáveis importantes de desempenho. Alguns atletas até são geneticamente adequados às demandas antropométricas específicas da classe esportiva/peso em que competem, mas não é a maioria, o que leva muitos atletas de elite lutarem com dietas extremas e transtornos alimentares.

A comunidade esportiva preza por perfeição e performance, dessa forma os atletas além de precisarem se encaixar nas regulamentações do esporte, enfrentam também a pressão dos treinadores e olhares de juízes. Uma massa corporal baixa e um baixo teor de gordura corporal são considerados importantes variáveis ​​de melhoria de desempenho em muitos esportes, e poucos questionam os métodos de perda de peso que estão sendo seguidos.

Como consequência desse cenário são encontrados atletas com peso e gordura corporal baixíssimo, imagem corporal distorcida, frequente flutuação de peso, comportamentos alimentares anormais, densidade óssea insuficiente, disfunção erétil nos homens, disfunção menstrual em mulheres e normalmente o contrário do que o esperado: baixo desempenho.

É muito importante também que os profissionais responsáveis pela saúde, desempenho e bem estar do atleta tenham um olhar mais humanizado, que saibam reconhecer atletas afetados e aconselha-los. Em especial na Nutrição esportiva que se depara com um dos públicos de maior risco para desordens alimentares e comportamentos inadequados.

 

Texto por João Motarelli e Julia Tott Mormillo

 

Sundgot-Borgen J, Meyer NL, Lohman TG, et al. How to minimise the health risks to athletes who compete in weight-sensitive sports review and position statement on behalf of the Ad Hoc Research Working Group on Body Composition, Health and Performance, under the auspices of the IOC Medical Commission. British Journal Sports Medicine 2013;47:1012–1022.

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