Que tal uma aproximação gentil, amável, cuidadosa para cuidar de pacientes com Compulsão alimentar?
Para entender essa tal de compaixão, vamos começar com uma breve reflexão:

Já parou pra pensar que só cuidamos bem daquilo que amamos? Isso se estende a nós mesmos. Por que não ser amável consigo e tratar-se como faria com um amigo seu? Queremos muitas vezes cuidar e ajudar pessoas as quais temos afeto, para aliviar seu sofrimento, mas outras vezes julgamos atitudes nossas e nos culpamos.


Pois bem, nos tratar de forma rígida e árdua é algo que aparentemente cultuamos. Mas não torne essa descoberta mais um foco de culpa. Vamos entender como nos tratar com amabilidade, gentileza e cuidado por fazer a diferença, em especial em quadros de Compulsão Alimentar.

No transtorno de compulsão alimentar (TCA), por exemplo, os casos são frequentemente associados a depressão, baixa autoestima e piora na qualidade de vida. O indivíduo sente culpa, se julga e apresenta diversas preocupações com a alimentação e com a forma corporal, devido a comparações com outras pessoas.

No estudo de Kelly (2015), procurou-se comparar em casos de transtorno de compulsão alimentar uma intervenção de auto-ajuda baseada em terapia centrada na compaixão (CFT) com uma intervenção com base no comportamento.

Eles observaram que ambas intervenções reduziram os dias semanais compulsivos mais do que a condição de controle, mas a intervenção de auto-compaixão reduziu a patologia global do transtorno alimentar, as preocupações alimentares e as preocupações com o peso, além de aumentar a auto-compaixão mais do que as outras condições.

Os resultados oferecem suporte preliminar para a utilidade da terapia centrada na compaixão como intervenção para pacientes com compulsão alimentar.

Mais importante que os resultados do estudo, são o caminho pelo qual ele percorreu. Leia na integra aqui.

 

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