Se eu te perguntasse “Quem é você?”, o que você responderia? Talvez um “meu nome é fulano, trabalho na área tal…”.
E se eu repetisse a pergunta “quem é você?”, o que você responderia? Talvez um “sou pai e gosto de futebol”.
E se eu insistisse nessa pergunta por mais algumas vezes, será que teria resposta para tudo?

​Através dessa pergunta podemos perceber que temos dificuldade em definir quem somos, e a intenção não é gerar uma crise existencial com essa perguntas, mas sim mostrar que nossos pensamentos são parte importante para nós, pois eles nos dão sentido à vida ao ponto que nos identificamos com nossos pensamentos. É isso mesmo… Se algum dia você já se chamou ou se reconheceu como ansioso ou estressado ou até mesmo calmo ou tranquilo, você sabe do que eu estou falando.
Nossos pensamentos são automáticos e uma de suas funções é exatamente essa: nos dar sentido à vida. Porém, acabamos nos identificando mais com uns pensamentos do que com outros e isso vai de acordo com nossas crenças, religião, estilo e objetivo de vida.
Em relação a nutrição sabemos o quanto os pensamentos relacionados a frustrações, chateações e desejos ou até preocupações com o peso e imagem corporal, permeiam nossa vida e dia-dia, influenciando nosso comportamento alimentar.
Já dizia Dalai Lama que todos evitamos o sofrimento e buscamos a felicidade. Assim, quando esses pensamentos surgem, não é diferente: temos a tendência a buscar sensações de prazer e felicidade para nos libertar deles, pois não temos nenhuma habilidade ou não sabemos como lidar com eles.. Uma destas formas é o comer, onde se usa o alimento como forma de compensação, uma válvula de escape emocional, mas é uma tentativa de preencher um espaço que não consegue ser preenchido por comida.
Já conversamos anteriormente que a aceitação é uma prática de extrema importância e que a negação de pensamentos e sentimentos acabam por aumentar o sofrimento.
Em Mindfulness existem algumas práticas que nos ajudam a desenvolver mais habilidade para lidar com esses pensamentos desafiadores do nosso dia a dia. Uma delas é a dinâmica “Oi, obrigado e tchau”.
Nesta prática você se coloca frente a frente com o pensamento e diz “Oi, obrigado e tchau”. O que isto significa?
Diante desses pensamentos que influenciam nosso comportamento podemos apenas reconhecê-los como pensamentos,aceitá-los e deixá-los irem embora, se desidentificando, da seguinte maneira:

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Assim, você honra seus pensamentos, inclusive os negativos. Reconheça seus pensamentos e, desta mesma forma, reconheça que também somos merecedores e dignos de conforto e de autocompaixão. Podemos aprender simplesmente a apreciar a presença desses pensamentos como reflexo da nossa totalidade e humanidade, aceitando-os e deixando de julgá-los, assim como devemos agir com nós mesmos.

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